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Estudo sobre trabalho escravo elaborado com apoio do Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais será apresentado na Polônia 

Estudo sobre trabalho escravo elaborado com apoio do Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais será apresentado na Polônia 

Um estudo sobre trabalho escravo em Minas Gerais elaborado com apoio da Procuradoria do Trabalho no Município (PTM) de Uberlândia (MG) será apresentado na próxima segunda-feira (26), na Polônia. A pesquisa foi realizada pela Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas (CTETP), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e sua apresentação integra a programação do 6º Congresso de Direito do Trabalho, realizado pela Labor Law Research Network (LLRN) da Universidade de Varsóvia. 

A apresentação amplifica o alcance da pesquisa, que foi concebida para apresentar o retrato de uma realidade, muitas vezes, invisibilizada. A presença em um evento da LLRN, a maior rede de pesquisadores de Direito do Trabalho do mundo, torna-se um estímulo para os pesquisadores que elaboraram o estudo, que poderão ampliar contatos com estudiosos do tema e conhecer políticas públicas implementadas em diferentes países para combater o problema. 

Dados – Minas Gerais figura, nos últimos dez anos, no topo do ranking dos estados brasileiros que mais resgatam trabalhadores em condições análogas à escravidão. Dentre os 2.575 trabalhadores resgatados no país, 1.070 estavam em municípios mineiros. Os dados constam da pesquisa “Dos autos de infração à Ação Civil Pública: um retrato do trabalho escravo em Minas Gerais”, que traça uma análise detalhada da situação no estado. 

Além de aparecer como o principal estado de residência de trabalhadores libertados em 2022 (656), Minas Gerais contabiliza o maior número de resgatados em um único estabelecimento: 273 trabalhadores do corte de cana-de-açúcar em condições degradantes no município de Varjão de Minas. O levantamento mostra ainda que o estado detém o recorde de autos lavrados (1.139) e de verbas salariais e rescisórias pagas aos trabalhadores (5,4 milhões). 

MPT MG 

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