30 mil trabalhadores e aposentados comparecem no ato por mudanças na reforma da Previdência
No ato por mudanças na reforma da Previdência realizado pela Força Sindical e pelo Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), 30 mil trabalhadores presentes aprovaram, em votação, as alterações na proposta do governo feitas pelo deputado Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical. Entre elas estão o estabelecimento da aposentadoria para os homens aos 60 anos e para as mulheres, 58 anos.
Paulinho explicou aos trabalhadores que a Central e o Sindnapi querem garantir a transição justa para todos os que estão para se aposentar e que não se pode desvincular o valor da pensão do valor do salário mínimo. “Queremos uma Previdência justa e sem privilégios”, disse.
A emenda contendo estas mudanças serão apresentadas por Paulinho, que também é deputado pelo Solidariedade-SP e pelos deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB), Adalberto Galvão (PSB), Rogério Rosso (PSD) no dia 20 de fevereiro, segundo Paulinho.
João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força, lembrou que a unidade das categorias fortalece a luta. “Hoje demonstramos o nosso repúdio diante de uma perversa proposta de reforma apresentada pelo governo, e a nossa força para revertermos este quadro”, disse Juruna.
Na manifestação, o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Carlos Andreu Ortiz, disse que os trabalhadores não podem deixar que o governo retire os seus direitos. Já o deputado Arnaldo Faria de Sá destacou a necessidade de garantir a aposentadoria dos trabalhadores rurais.
“Os trabalhadores da ativa também precisam intensificar a mobilização junto com os aposentados. Para isso, na terça-feira, os metalúrgicos realizaram 70 assembleias na capital paulista”, ressaltou Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.
O secretário-geral da UIL Pensionati, Romano Bellíssima, se solidarizou com os trabalhadores brasileiros para protestar contras injustiças que estão sofrendo.
João Batista Inocentini, presidente licenciado do Sindnapi, disse que sempre foi a favor de uma reforma para valer na Previdência, ou seja, tratamento justo para todos os trabalhadores brasileiros, que acabe com o privilégio de algumas categorias e setores.
Já Eunice Cabral, presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, também defendeu cortar privilégios, por exemplo, filhos (as) de militares recebem pensão até a morte.
A secretária nacional da Mulher da Força Sindical, Maria Auxiliadora dos Santos, declarou que hoje as mulheres já são prejudicadas porque ganham salário menor. A proposta da reforma do governo prejudica mais ainda.
Já o presidente da Cobap, Warley Gonçalles, alertou que os trabalhadores não podem deixar que a reforma prejudique suas vidas. Sergio Luiz Leite, Serginho, 1º secretário da Força, afirmou que os trabalhadores devem se unir para barrar as mudanças que os prejudicam.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação de SP, Carlos Vicente de Oliveira, perguntou se os jovens vão conseguir se aposentar se a reforma do governo for aprovada.
Por todas estas dificuldades apontadas pelos sindicalistas, o presidente da Força São Paulo, Danilo Pereira da Silva, recomendou a união dos aposentados e trabalhadores da ativa para barrar as mudanças que os prejudicam.
Força Sindical
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