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Corrupção no “Sistema S” ultrapassa R$ 30 bi e patrões querem o fim do imposto sindical

Corrupção no “Sistema S” ultrapassa R$ 30 bi e patrões querem o fim do imposto sindical

Denúncias de corrupção no “Sistema S” resultam de auditoria solicitada ao TCU e à CGU

A movimentação superior a R$ 30 bilhões feita anualmente pelo chamado “Sistema S”, integrado por Sesi, Senai, Sesc, Senac e Sebrae, já pode ser considerado o maior esquema de corrupção envolvendo dinheiro público na história recente do Brasil, que supera o rumoroso escândalo da Petrobras. A denúncia partiu do senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO) e levou o Comitê Estadual Contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista de Mato Grosso do Sul a cobrar o fim das contribuições públicas para tais entidades. O Comitê, composto pelas centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CSB, CTB, CGTB e UGT), quer o corte no repasse dos R$ 22 bilhões que vai para o Sistema S, que provém de contribuições sociais e representam 3,1% da folha de pagamento do trabalhador brasileiro.

As denúncias de corrupção no “Sistema S” feitas pelo senador resultam de auditoria solicitada por ele ao Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), que levantaram informações suficientes para caracterizar os atos de corrupção. A investigação do TCU apurou a existência de um conjunto de irregularidades, conforme o ministro Weder Oliveira, do TCU.

O senador Ataídes de Oliveira aponta as instituições que fazem parte do “Sistema S” mantém milhões em aplicações financeiras e investimentos imobiliários, notoriamente desvios de função, enquanto a aplicação do princípio de gratuidade, uma das obrigações do sistema, mal alcança 15% dos cursos ofertados.

SINDICALISTA DENUNCIA CONTRADIÇÃO

Para Vandeir Messias, presidente da Força Sindical em Minas Gerais, enquanto o relatório da Reforma Trabalhista aprovado pela Câmara dos Deputados extingue com a contribuição sindical, desconsidera a existência da contribuição obrigatória patronal. No que depender do o senador Ataídes Oliveira, o mesmo não acontecerá no Senado. O parlamentar já protocolou emenda ao projeto de Reforma Trabalhista, que tramita no Senado, para acabar com a obrigatoriedade das contribuições para as entidades que compõem o Sistema S.

Renato Ilha, jornalista (MTb 10.300)

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