Em nota Força Sindical alerta que MP quer acabar com profissão de frentistas
A nota, assinada pela Força Sindical, CNTC – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), Fenepospetro – Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (FENEPOSPETRO) e FEPOSPETRO – Federação dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (FEPOSPETRO) alertam que a MP pretende acabar com o trabalho dos frentistas, elevar o desemprego e colocar saúde dos brasileiros em risco
De acordo com a nota, ao contrário do que defende o autor da MP 1.063 o deputado Kim Kataguiri, a medida além de não diminuir custos, trará grandes malefícios para toda a sociedade. “Em primeiro lugar trará aumento do desemprego, visto que são 500 mil frentistas em um país que já contabiliza uma taxa de 15% de desemprego”, diz a nota.
Os sindicalistas alertam ainda que não é verdade, como afirma erroneamente a Emenda, que a manutenção dos trabalhadores frentistas eleva o preço dos combustíveis. “A Petrobras e o governo são os órgãos que determinam esse valor. O salário dos trabalhadores no preço final é insignificante em relação ao preço dos combustíveis”, destacam.
CONFIRA A SEGUIR A ÍNTEGRA DA NOTA
MP quer acabar com o trabalho dos frentistas, elevar o desemprego e colocar saúde dos brasileiros em risco
Os frentistas estão preocupados e mobilizados contra a Emenda do Deputado Kim Kataguiri apresentada à MP (Medida Provisória) 1.063, que acaba com o serviço que prestam nos postos de gasolina no Brasil. A Emenda, que prega o autoatendimento alegando diminuição custos, trará grandes malefícios para toda a sociedade.
Em primeiro lugar trará aumento do desemprego, visto que são 500 mil frentistas em um país que já contabiliza uma taxa de 15% de desemprego. Além disso, há uma questão da segurança e de saúde pública, visto que lidar com combustíveis requer experiência e treinamento, já que se trata de componentes inflamáveis, tóxicos e, portanto, perigosos. Lidar com esses produtos de forma inadequada poderá acarretar na ocorrência de intoxicação e até incêndios.
Os frentistas são profissionais preparados, têm equipamentos de proteção e recebem treinamento para exercer a atividade.
Não é verdade, como afirma erroneamente a Emenda, que a manutenção dos trabalhadores frentistas eleva o preço dos combustíveis. A Petrobras e o governo são os órgãos que determinam esse valor. O salário dos trabalhadores no preço final é insignificante em relação ao preço dos combustíveis. Temos conhecimento de que tal Emenda não interessa nem aos trabalhadores, nem aos revendedores, nem aos proprietários de posto. Acreditamos que ela não será benéfica nem aos usuários, pelas questões já apontadas.
Estamos atentos e ressaltamos que diversas entidades de trabalhadores são contrárias à proposta que só trará prejuízos para o Brasil.
São Paulo, 23 de agosto de 2021
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Luiz Carlos Motta, Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) e Deputado Federal
Euzébio Luiz Pinto Neto, Presidente da Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (FENEPOSPETRO)
Luiz de Souza Arraes, Presidente da Federação dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (FEPOSPETRO
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