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Comissão da Verdade dos Trabalhadores define 3/08 como data para audiência pública

Comissão da Verdade dos Trabalhadores define 3/08 como data para audiência pública

A Comissão da Verdade dos Trabalhadores, criada em 22 de junho, definiu o dia 3 de agosto para a realização da audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, quando será feita a entrega do relatório setorial para a Comissão da Verdade (Covemg), que assumirá o compromisso de anexar o conteúdo ao relatório final e fazer o encaminhamento para o Arquivo Público Mineiro (APM). O encontro de 29 de junho teve lugar na Casa do Jornalista e reuniu o grupo incumbido de mobilizar entidades sindicais e preparar um relatório circunstanciado inicial.

O objetivo de resgatar denúncias e acontecimentos envolvendo lideranças sindicais no período entre 1946 e 1988, norteou o debate, que deliberou sobre ações concretas a respeito da apuração dos fatos. Os relatos levantados a partir da participação autônoma do movimento sindical serão centralizados, considerando o curto período para a coleta de informações, que vai até o dia 30 de julho, prazo que permite a inserção dos relatos no relatório final.

CONTINUIDADE DA COMISSÃO, ALÉM DO RELATÓRIO

Os integrantes do grupo ainda discutiram a respeito da continuidade da Comissão da Verdade dos Trabalhadores, que pretende ir além da promoção da audiência pública e da contribuição circunstancial ao relatório final da Comissão da Verdade. Um traço comum às exposições apresentadas está fato de múltiplas situações relatadas terem surgido a partir de conversas ocasionais e de situações eventuais, que propiciaram a identificação de novos acontecimentos. A constatação consensual é de que o levantamento de fatos deva ser permanente, na medida em que a ocorrência de prisões arbitrárias, sequestros, torturas, assassinatos e ocultação de corpos de membros da resistência democrática, entre outros abusos e crimes tenham sido ocultadas, principalmente entre os anos de 1964 e 1985.

Entre os participantes, Raquel Possolo, do Centro de Estudos sobre Justiça de Transição; Túlio Lopes, historiador e Secretário Nacional de Juventude do Partido Comunista Brasileiro (PCB); Carlos Magno Machado, do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro); Oraldo Paiva, da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas); Rogério Jorge Aquino, da Força Sindical; Gildasio Cosenza, da CTB; Renato Ilha, jornalista, mais os integrantes da Comissão da Verdade, Jurandir Persichini Cunha, Ronald Rocha, Alexandre Salles e José Antônio Marçal.

 

Renato Ilha, jornalista (MTb 10.300)

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