Trabalhadores estão desprotegidos sem a presença do Sindicato nas negociações
Um dos pontos da tenebrosa “reforma” trabalhista é a possibilidade do trabalhador negociar diretamente com o patrão. Para os defensores da “reforma” esse é um dos meios de modernizar as leis trabalhistas conferindo maior liberdade de negociação de ambas as partes, como se “sozinho” o trabalhador tivesse o mesmo peso que o patrão.
A realidade é totalmente contrária ao discurso proferido por políticos e oferece ao patrão legitimidade de precarizar o mercado de trabalho com a aprovação da retirada das proteções da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). As negociações diretamente com o patrão não são avanço e sim retrocesso para as relações de trabalho.
O trabalhador individualmente está desprotegido em uma negociação direta com o patrão. A ausência do Sindicato deixa o trabalhador a mercê do capital que não tem nenhum objetivo a não ser o de reduzir custos para aumentar lucros. Os trabalhadores sem o Sindicato perdem o poder de negociação e seus direitos.
Um caso recente demonstra essa situação de desproteção dos trabalhadores quando deixam de comunicar negociações feitas na fábrica. Na ocasião, o patrão alterou o contrato de trabalho aumentando as funções desempenhadas e degradantes como a limpeza dos banheiros e áreas comuns da empresa, inclusive o jardim. Tudo isso sem aumento de salário. Os trabalhadores, nessa “negociação”, com receio de perderam o trabalho, aceitaram e assinaram a modificação no contrato e agora querem intervenção da entidade sindical.
O Sindicato tem acompanhado o caso, mas alerta para os trabalhadores não aceitarem mudanças sem a presença dos diretores sindicais. É na assembleia que se decide questões relacionadas à vida do trabalhador.
Sozinho, o trabalhador está desprotegido e vulnerável a aceitar situações de precarização, mas junto ao Sindicato há força para negociar de forma justa e responsável. Por isso, o SINDVAS alerta mais uma vez não assine nada sem o conhecimento do Sindicato e dos diretores sindicais.
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