‘Lista suja’ tem 204 empregadores com 2.500 pessoas em situação de escravidão
Relação que surgiu no extinto Ministério do Trabalho foi atualizada no início do ano e inclui áreas rurais e urbanas onde foram flagradas situações de servidão por dívida. Com fim do Ministério do Trabalho, divulgação da “lista suja” passou a ser de responsabilidade do Ministério da Economia O governo publicou no início do mês uma versão atualizada da chamada “lista suja” do trabalho escravo, o cadastro de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à de escravidão. A nova relação tem 204 nomes em 22 das 27 unidades da federação. Os destaques são Minas Gerais, com 55 casos registrados, e Pará, com 27. No total, 2.463 trabalhadores são atingidos.
A lista inclui ocorrências em áreas rurais e urbanas. São fazendas, carvoarias, áreas de extração, oficinas de costura e obras de construção. Apenas em um caso, em fazenda que abrange quatro municípios no interior de Minas, foram resgatados 348 trabalhadores. Houve ainda um canteiro de obras em Conceição do Mato Dentro (MG), com 173 operários.
Com a extinção do Ministério do Trabalho, a divulgação da “lista suja” passou a ser de responsabilidade do Ministério da Economia, para onde foi transferida a área de inspeção do trabalho. Durante três anos, o cadastro não foi atualizado, depois de uma cautelar do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, atendendo a pedido de uma entidade patronal.
Posteriormente, a ministra Cármen Lúcia, então na presidência da Corte, revogou a medida, mas ainda assim a relação não foi publicada. Seguiu-se uma “guerra” jurídica entre o Executivo e o Ministério Público do Trabalho (MPT), até que a divulgação fosse novamente regularizada.
F Sindical
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