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GM começa demissões de 4 mil funcionários na América do Norte

GM começa demissões de 4 mil funcionários na América do Norte

A General Motors começou os cortes de 4 mil funcionários na América do Norte, um processo que deverá demorar cerca de duas semanas. A medida faz parte de um plano de reestruturação anunciado pela montadora em novembro último, o mais rigoroso desde o pedido de proteção contra falência, em 2009.

Ele inclui também o fechamento de 5 fábricas nos Estados Unidos e no Canadá e de outras duas fora da região – em local não divulgado – ainda neste ano.

Além dos pagamentos devidos, a empresa diz que ofertará pacotes de compensação aos funcionários demitidos e suporte para busca de novos empregos.

A previsão é de que, até o fim do ano, cerca de 8 mil postos de trabalho sejam fechados, resultando em uma economia de US$ 2,5 bilhões em 2019.

Protesto

No último domingo, um sindicato veiculou um anúncio no intervalo do Superbowl, a final do campeonato de futebol americano, na TV do Canadá, em protesto contra o fechamento de uma fábrica da montadora no país.

O vídeo lembrava que os canadenses ajudaram a montadora na época da falência, há dez anos, e pedia ainda que as pessoas boicotassem carros da fabricante feitos no México. Segundo o anúncio, as operações da GM naquele país estão crescendo, enquanto a empresa planeja fechar a unidade de Oshawa.

O sindicato já tinha organizado um ato no último dia 11 de janeiro e foi contata por advogados da GM que exigiam que o anúncio na TV não fosse ao ar.

Negociação no Brasil

No Brasil, onde lidera as vendas de carros com a Chevrolet, a montadora vem tentando negociar com sindicatos uma série de propostas para reduzir custos, alegando seguidos prejuízos nos últimos anos. No último sábado, a GM afirmou que, se conseguir um acordo, poderá investir mais US$ 10 bilhões no país.

As propostas incluem redução do piso salarial, terceirização e o fim da estabilidade para funcionários que sofreram lesão ocupacional ou acidente de trabalho e foram recebidas com resistência por sindicatos como o do São Caetano, no ABC paulista, São José dos Campos (SP) e Gravataí (RS), onde a GM tem fábricas. A negociação continua.

G1

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